Paris, informalidade é o seu lema. Muitos que passam pela Capital da França, emblemática na condição de chiquerésima, ficam horrorizados e exclamam: “Que pessoal mal vestido!!!” Amigo(a), considerando que a população da cidade, na região da Île de France é de cerca de dois milhões e quinhentos mil habitantes e que, tous les jours uma população flutuante de trocentas mil pessoas, que vêm de todas as partes do Mundo, passam circulando pelas suas ruas, avenidas, quais, parques, também passeando nos transportes aquáticos e visitando museus, igrejas e monumentos, entre outras atrações, ser chic é não bancar o diferentérrimo.
Acondicione em sua mala roupas indiscutivelmente confortáveis, mas não se esqueça de levar, em qualquer época, um mini guarda-chuva (mini sombrinha) e não se separe dele(a). O calçado deve ser o mais cômodo possível, para dar-lhe conforto durante horas e horas de estafantes, porém belas caminhadas (quem me conhece bem, sabe que eu prefiro as Crocs, aos tênis). Se você, lindinha, pretende ir ao teatro, para assistir a um balé ou a uma ópera, não se esqueça de um sapato ou sandália de saltinho e você, lindinho, de um blazer ou coisa que tal. Não vou falar sobre o vestuário em geral, porque é tudo muito informal mesmo, mas, não deixe de portar um cachecol - uma ècharpe (mais pesado-a para outono/inverno e mais leve para a primavera) e o conselho é válido, tanto para as mulheres quanto para os homens, incluindo jovens e crianças. Mas eu disse um só, porque o que você vai encontrar por lá para comprar é inenarrável. Nada de casaco de couro e, luvas também (a não ser os forrados de pele de carneiro ou semelhantes), no outono/inverno, pois o que eles conseguem é congelar as nossas mãos e o nosso corpo mais rapidamente. Agasalhos com capuz são os ideais para a meia-estação e blusas do tipo sobre-pele são imprescindíveis no outono/inverno.
Bolsas Prada, Gucci e outras são assustadoramente deselegantes para quem quer caminhar de tênis, por todo o Jardin des Tuilleries e outros lugares arenosos. Nada de botas apenas elegantes, se em Paris estiver nevando. Elas têm de ter solado especial, para você não escorregar no gelo. Na bagagem a ser despachada no check-in, devem ser acondicionados instrumentos pérfuro-cortantes (canivetes, tesourinhas de unha, alicates, estiletes, lâminas de barbear, chaves de fenda, facas, garfos) e pinças de sobrancelha. Se forem encontrados na sua bolsa de mão, na hora da revista, adeus meus bens. Ideal, no dia da viagem, é estar usando calçado que não necessite ser amarrado, nem cinto, porque eles terão (às vezes, fazem vista grossa) de ser retirados quando passar na inspeção da Polícia Federal. Um agasalho deve ir à mão (será útil durante o voo), mesmo que você saia do Brasil com a temperatura de 36º à sombra, mas se for para o nosso maravilhoso destino escolhido, no outono/inverno, deve portar um casaco que agüente o tranco. É forte o choque térmico, quando a gente desce lá. Se estiver com sede, após aquelas expectativas do check-in, deixe para comprar a garrafinha d’água após passar pela inspeção, pois, do contrário, ela ficará retida. Um conselho que pode parecer bobo: leve na mala pequena, que ingressará no avião com você, uma muda de roupa íntima, idem de dormir e uma camiseta (já pensou não encontrar sua mala da esteira, por extravio?).
Iolanda Lopes de Abreu
