terça-feira, 5 de julho de 2011

Roteiro para Três Dias - 2º dia (3ª parte).

             Da Rive Gauche, para a Rive Droit.  Embarcar, agora, no M 10 (verde “massa de abacate”), Linha Boulogne/Pont de St. Cloud - Gare d’Austerlitz, na direção desta última estação e aí pegaremos o M 5 (laranja), Linha Place d’Italie – Bobigny/Pablo Picasso, no sentido desta, para fazer a correspondência e saltar na Bastille. Sebo nas canelas que eu vou levar você a um lugar especial (Um?  Não, dois.  Ah por estes lados da cidade mágica, tout est beau!).  (Leia, antes da viagem, a história da Queda da Bastilha – quando estive aqui, pela primeira vez, há mais de 30 anos, o cenário era outro e você via muitas pedras enormes - marcos da época). 
             Hoje, ali está a imponente e moderna Ópera de Paris – Bastille, construída onde era antes a Gare de La Bastille, tendo à sua frente a Place de La Bastille, com a Colonne de Juillet.  À frente da sala de espetáculos, Le Bassin de l’Arsenal, com o Port de Plaisance, num braço do Sena.

Ópera da Bastilha
  Contornar a Praça, pela calçada do canto, alcançar a Rue Saint-Antoine, ao lado da estação do Métro Bastille, por onde foi a chegada.  Entrar à esquerda e caminhar até o número 62 – Hôtel de Sully; retornar até a Rue de Birague e caminhar até o final, observando o interessante e variado comércio local.  Passar sob uma arcada e escolher caminhar para a direita.  Ao final, no nº 6, a Maison de Victor Hugo com belíssimo mobiliário e enorme coleção de pratos de parede, do escritor, que só não superam em beleza a minha (quem me dera!), e uma fantástica escrivaninha para ser usada de pé.  Não, desta vez, não dá para entrar.  Retornar. À direita, bem no centro das arcadas, que sustentam tetos abobadados e apresenta restaurantes, galerias de arte e butiques de moda, a entrada para o primeiro lugar especial: a Place de Vosges (antiga Place Royal), para muitos, a mais encantadora praça parisiense (sei não!), que apresenta 36 pavilhões (9X9X9X9) com a mesma simetria, circundando gramados* muito bem cuidados, adornados com chafarizes e estátuas.  Estamos no badalado Marais, com sua arquitetura clássica, de arrepiar de linda.
*Na última vez que estive no Marrais, em abril p.p., os gramados estavam sendo irrigados diariamente, pois era grande a seca, em plena metade da primavera.  Plaquinhas indicavam: pelouse em conservation – não é lindinho?  Ninguém precisa saber falar francês, para entender “gramado em conservação” e não deitar e rolar por ali, o que é um hábito bem francês para não dizer, europeu.
Place des Vosges
     Sair da Praça, pela esquerda, bem ao final, entrar pela Rua Francs-Bourgeois e dobrar, à direita, na Rue de Sèvignè, chegando ao número 23,   localização do segundo lugar especial, onde você reviverá grandes momentos da História de Paris, o Musée Carnavalet (o melhor de Paris, o único imperdível e o que é melhor ainda, entrada grátis), com seu belo e bem cuidado jardim, uma estátua de Luís XIV (ele era realmente um gato) e o que você não pode imaginar de arte decorativa. 
       Prosseguindo no nosso roteiro, andar até o final da Rue de Sévigné e dobrar à esquerda, na Rue du Parc Royal, pegando, à direita, a Rue de Thorigny, para chegar ao número 5 e encontrar os enormes portões fechados, do Musée Picasso (Argh, está fechado para obras – de igreja – estive aqui em 2009, 2010, 2011 e nunca consegui acesso.  Conforme informação na placa à entrada, as reformas somente terminarão em 2013.) Mas vale registrar na sua câmera, já que irá até à entrada.
Fachada posterior do Museu Picasso e seu jardim, já restaurados.
           Caminhar até o M 8 (roxa), Linha Créteil/Préfecture – Balard, no sentido desta última, e desembarcar na estação République – conforme o horário, se estiver ainda por volta das 17h 30min., sair do Métro, fotografar a Praça e visitar uma das passagens cobertas, construídas no século XIX, existente bem ali pertinho, entre a Place de La Republique e a Rue Béranger – Le Passage Vendôme, medindo 57 m de comprimento e 4m de largura.  Retornar à estação République e pegar o M 11, (marrom) Linha Mairie des Lilás – Châtelet (a menor linha), na direção dessa última, para desembarcar na estação Rambuteau.  Ir até o Centre George Pompidou, fotografar e curtir, pelo menos um pouquinho, os animadores de rua, que entretêm, por horas a fio, os passantes.
Centre George Pompidou
          Andar mais um pouquinho e encantar-se com a “cidade subterrânea” de Les Halles, o Centro Comercial Les Halles, com piscinas olímpicas, cinemas, lanchonetes, clube de snooker, enfim, de tudo um pouco.  A área ao ar livre está toda cercada de tapumes, devido à grande transformação que está sofrendo o local, que abrigará o novo Coração de Paris.
             Para ter um grand finale na nossa extensa jornada neste segundo dia de tour, embarcar no M 4 (carmim), Linha Porte de Clignancourt/Porte d'Orleans, no sentido desta estação, e desembarcar em Montparnasse Bianvenüe.  Do alto deste prédio é que se tem a melhor visão, em 360º, de toda Paris. Subida de elevador -196m em 38 segundos. Ticket - 11,50 euros.  Aproveitar para fazer um delicioso lanche, comprar toda uma parafernália de souvenir e verificar os indicadores dos pontos trísticos, enquanto estiver aguardando a cidade se iluminar.