sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Roteiro para Treze Dias (10º dia - 1ª e 2ª parte).

            Despertar às 7h 30min., café da manhã às 8h e saída do hotel às 8h 30min.  Bom dia, fofinhos(as)!  Muito bom dia!  Hoje daremos uns passos para trás, na História da França.  Estou de longo, sobre trocentas anáguas engomadas, com uma bela peruca, seios quase à mostra (como os usavam as damas da época - cruzes!!!) e sigo abanando-me com um belíssimo leque de plumas.  Sonhar não custa nada!!!  Vamos a Fontainebleau, sim, à pacata e super graciosa cidade de Fontainebleau, situada ao sul de Paris.
           Embarcar no M 4, em direção a Porte de Clignancourt, para saltar na estação Châtelet e fazer conexão no M 14 (roxo), linha St. Lazare/Olympiades, no sentido desta última, desembarcando na Gare de Lyon (grandes lignes). Pegar o trem em direção a Montargis (9,75 euros - ida e 7,95 euros - volta).  Depois de passar na bilheteria, subir as escadas na direção 9 - Montargis, Sens, Montereau.  Não se desfaça do bilhete, até desembarcar.
            Após 45 min. de viagem, com muita emoção, porque o trem parece voar e, quando cruza com outro, chega-se a sentir o deslocamento de ar, descer na estação Fontainebleau-Avon.  Sair dela e caminhar um pouquinho, para a direita, para embarcar no ônibus Linha A (arrete Château) - gratuito.  Há um outro ônibus que faz o percurso por 1,80 euros.  No trajeto, vá apreciando a cidade.  Lindinha como ela só.
            O Castelo abre todos os dias, das 9h às 18h, mas o último acesso dá-se às 17h 15min.  Ingresso: 10 euros.  Eu diria que três horas são suficientes para você conhecer um pouco do Château que é considerado a verdadeira morada dos reis, durante sete séculos. O ideal seria disponibilizar um dia inteiro para ele e seu entorno, mas uma vez que você irá em muitas outras oportunidades a Paris, boa pedida será repetir a visita.

Depois de circular por uns dez minutos de ônibus, desembarca-se nesta rua,
onde há um carrosssel de época.  Um encanto.
  
Esta é uma entrada lateral para os Jardins do Castelo.  Seguir mais para a frente e dobrar à esquerda.
 
Aqui, o acesso principal aos Jardins fronteiriços ao Château de Fontainebleau.

Vocês já sabem como estou arrumada (no meu imaginário).  Agora, vejam: estou chegando de carruagem... 

A pintura degradada não dá uma idéia da beleza e suntuosidade do interior do Château.
Ah, que saudade da Professora Hermínia Basile, de História Geral, no Colégio Pedro II.  Ela e suas incontáveis fotos em preto e branco.  Nas férias, ela viajava.  Depois, em sua casa, contava-nos (aos seus alunos mais chegados) longas histórias sobre Reis, Rainhas, Vida na Corte...   Eu achava tudo translumbrante e ficava a pensar  "será que um dia eu terei a oportunidade de ver tudo isto?", enquanto folheava livretos e mais livretos e dava asas à imaginação.
A ala esquerda, vista a partir do centro do Castelo, em sua fachada principal.

Ala direita, vista do mesmo ponto.

Henri IV (Napoléon François Joseph Charles), Rei de Roma,  filho único de Napoleão e Marie-Louise,
marcou Fontainebleau profundamente, em suas tranformações e decoração, comandando-as.
 
Coleções de pinturas estão por toda parte.  Marie Leszczynska, mulher de Louis XV amava a pintura.

De todos os soberanos que curtiram  residir no Château, o que mais se distinguiu foi Henri IV - Le Bon Roi.
Vejam que beleza de gobelin, com riqueza de detalhes.

Você pode fazer várias visitas temáticas, guiadas, e uma delas é "Au lit" - pequena história dos quartos de dormir.

Para imaginarem, consumi 158 fotos, só para registrar uma parte deste rico patrimônio histórico, verdadeiro tesouro, que compreende objetos e esculturas de arte, tapeçarias, peças de mobiliário, apartamentos, salas, salões, capelas etc.

Versailles é fantástico, mas Fontainebleau "dá de dez".
 
Gobelins para todo lado: nas paredes, no chão, na forração das poltronas...

"Fontainebleau, maison des siècles, vraie demeure des rois."
 
Quem estudou história e não se lembra desta frase: "Le Roi est mort, vive le Roi!"?
 
No Château, em 1814, Napoleão assinou o Tratado de Fontainebleau,
através do qual abdicou do trono da França, seguindo para o exílio.
  

Os conjutos são extremamente harmoniosos - sofisticação e austeridade.

Parte posterior do Castelo, com vista para o lago.

Lago, no Parque do Château,  com muita vegetação à sua volta, que é o início da floresta.
Encerrada a visita, acessar o Salão de Chá, que funciona das 9h 30min. às 19h, e almoçar (não abre na terça-feira).  Entre maio e setembro, funciona um stand de sorvetes biológicos em cones, no corredor de La Fontaine.  Entre maio e outubro, o tempo estando favorável, você poderá alugar canoas, para passear no lago, e, aos domingos, você poderá realizar um passeio de vinte minutos em charrete.  Não deixar de visitar a Salle du Jeu de Paume, este jogo que era uma das atividades físicas favoritas dos membros da Corte (falarei sobre ele, mais a diante).
Sair do Castelo, andar para a direita e dobrar na esquina, também à direita, para esperar o ônibus (horários na plaquinha do ponto coberto e com banco) em frente ao belo Hotel de L'Aigle Noir, ao lado do Jardim do Château, que o(a) levará à estação de trem.



           Chegando em Paris, desembarcar na Gare de Lyon e entrar no M 14 (roxa), Ollympiadas/St. Lazare, no sentido desta última, para saltar na estação Châtelet e fazer a conexão embarcando no M 4, no sentido Porte de Clignancourt, para desembarcar na estação Réaumur Sébastopol e fazer mais uns contatos com algumas passagens cobertas de Paris, em sua grande maioria, muito bem cuidadas e um charme à parte (esta segunda parte e uma repetição da postagem referente ao 10º dia do Roteiro IV - ver mais detalhes na postagem do dia 19 de agosto).


Passage du Grand Cerf: 145 Rue St. Denis.  Construída entre os anos 1825 e 1835.

Passage du Caire (com três entradas).

Galerie Vivienne:  Rue des Petits-Champs.  Construída em 1823.  No seu interior, a Livraria Jousseaume, fundada em 1826 e a Livraria Siroux.

Passage Choiseul: 23 Rue St. Augustin.  Inaugurada em 1827.

Galerie des Panoramas.
Fachada da Galerie Colbert.


                 Construídas no início do século XIX, as passagens cobertas foram muito importantes para a sociedade da época, acolhendo um comércio de boa qualidade.
             Inaugurada em 1860, a Passagem dos Príncipes foi a última a ser construída e eu acho que os Príncipes foram passear com as fotos que tirei dela.  Aguarde.  Estão no cartão memória que teve um piripaque.

Espaço para foto.

            Embarcar no M 7 (rosa), linha La Courneuve/Marie d'Ivry, no sentido desta última, para desembarcar na estação Châtelet e fazer a conexão do M 4 (roxa), linha Porte de Clignancourt/Porte d'Orleans, no sentido desta última e saltar na estação Alésia, para retornar ao hotel.

Iolanda Lopes de Abreu