quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Bibliothèque Sainte-Geneviève

Passo para lá, visito o Panthéon, passo para cá, entro na Faculdade de Direito.   Dou uma descidinha pela Rue Soufflot (entre o Panthéon e o Jardin du Luxembourg) e não resisto - entro em uma, duas, três livrarias (só bisbilhotando, sempre procurando não atender ao grande e irresistível apelo "comprar livros".  Ah, só unzinho"!).  Visito a Cathedral de Sainte-Geneviève e "namoro", uma vez mais, a imensa e imponente Bibliothèque Sainte-Genevieve. 
Fachada lateral.

Haja tempo e disposição para ficar no gargarejo, olhos bem atentos, identificando os grandes nomes registrados nas paredes externas da Biblioteca: romancistas, poetas, dramaturgos,  cientistas, físicos, matemáticos, políticos (Políticos?  Sim - eu disse grandes nomes.): Cervantes, La Fontaine, Desscartes, Colbert, Pascal, Molière, Shakespeare, Richelieu, Kepler e trocentos outros. 




Puxa, porque não dei uma acertadinha na programação para visitá-la no terceiro domingo de setembro, se esta maravilha fazia parte das Jornadas do Patrimônio?  Cadê o carão?  Você não tem um rendez-vous, fazer o quê?  Unhn, fora de horário, sol bravo, muito calor...  Resolvo esperar.  Para quê este tripé?  Mais um motivo para levar um não.  Ufa! Acabou o horário de almoço.  Vamos lá.

Bonjour, está sozinha?  É profissional de fotografia?  Argh!  Apresento minha carteira de advogada e o passaporte.  Peço desculpas por não ter feito a marcação de visita.  Escuto as explanações (já conhecidas) sobre o fato de existirem visitas guiadas, mas faço referência às dificuldades para tal agendamento, para quem está de passagem, sem mobile (ai, estas mentiras sociais...) e informo que desejo conhecer apenas a Salle Labrouste e que não me importo de não fotografar.  Yes!  Visita guiada exclusiva!  Guardo a máquina e deixo o tripé na recepção.  Subo as escadarias, emocionada.  Ai o casinho antigo com o local...  Cada vez, um flash, só do exterior.  Deparo-me então com um imenso gobelin, bem ao final do primeiro lance de degraus.  A senhorita, explicando tudo minuciosamente.  De vez em quando: "Est-ce que vous me comprenez?" "Oui, madame!"  Compreender, eu compreendia, mas queria era permanecer ali, por mais tempo, sem ter de usar o cartão de leitora por um dia - o laissez passer.  Mas, valeu.
Foto copiada do blog www.peter-pho2.blogspot.com.   Nesta sala de leitura (Salle Labrouste), 700 pessoas podem sentar-se ao mesmo tempo.  O projeto de construção do edifício, onde outrora existia a Abadia de Sainte-Geneviève, foi confiado a Henri Labroust, um dos inciadores do racionalismo em Arquitetura.
Para informações detalhadas sobre visitas à Biblioteca, acesse: www.bsg.univ-paris1.fr.  Localização: 10, Place du Panthéon - 5º arrondissement.

Iolanda Lopes de Abreu