domingo, 25 de novembro de 2018

Gilets Jaunes - resumo de um dia.

Ainda bem que não estou em Paris!
Aliás, recapitulando, a cidade que tem seu ponto central, a Avenue des Champs Elysées, como cenário para grandes festas, passeatas, protestos, desfiles comemorativos, partida de memoráveis maratonas, "despedidas" de gente famosa, marchés natalinos e muito mais, somente pegou-me de surpresa uma única vez, quando os Produtores Rurais ali acamparam, com a maior naturalidade, transformando a avenida mais famosa do Mundo em uma Fazenda enoooooorme, realizando pacificamente seu protesto.
Tive sorte, porque até leite tirado da vaca, na hora, eu bebi.  Nada de tiros, bombas de gás lacrimogênio, correrias, polícia montada afugentando o povo... Nadica de nada.  Mas ontem, meus (minhas) queridos (as), o bicho pegou.  Em cena, os Gilets Jaunes ou seja, os Jaquetas Amarelas - ou Amarelo/Verde,que resolveram botar para quebrar.
A Avenida e Ruas adjacentes encontravam-se sob forte proteção policial, entre a Place de la Concorde e o Elysée (isto, o Palácio onde reside Monsieur Emmanuel Macron, o Presidente da República), porque, justamente neste trecho, estavam proibidas as manifestações.  Ah, mas manifestantes baderneiros gostam do que é proibido. E eles partiram para cima, com violência, sendo recebidos com bombas de gás lacrimogêneo, jatos de possantes canhões de água... O que fizeram, já dá para deduzir, né?  Só baderna, invadindo lojas, quebrando vidraças, entortando portas, destruindo semáforos e o que mais viam de alvo fácil pela frente.
De se esclarecer que o movimento dos "Gilets Jaunes" está acontecendo em toda a França, onde 106.301 deles foram registrados, no dia de ontem, incluídos aí, 8.000 só de Paris, onde 120 estão sob custódia e 60, presos. Aliás, isto conseguiu enfraquecer o movimento.  Entenda-se aqui, de um povo que se diz traído e que se revolta.
O MInistro do Interior identifica dois tipos de manifestantes: os da província que se mobilizaram em clima de boa índole e os que cometeram atos graves em Paris e em Villefranche-sur Saône (Rhône).

Iolanda Lopes de Abreu



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