sexta-feira, 4 de agosto de 2023

E os clochards?

Paris está muito mudada.  Até alguns anos atrás, não era raro ver-se pessoas desempregadas, sem domicílio, de triste aparência, dormindo nas estações do Métro, ou, durante o inverno rigoroso, sobre as saídas de ar quente, nas calçadas no entorno dessas estações, muitas das vezes, vencidos pela bebida.  Agora, percebe-se que estes "esconderijos" passaram por um choque de ordem, o que não quer dizer que você esteja nos corredores dos subterrâneos e não encontre pedintes sentados.  

Atualmente, o quadro é outro.  Tem gente ao desabrigo, em qualquer lugar e eu os vi, em grande número, ali, nos bancos, bem na área da Église de St. Paul, pertinho da Place de Vosges - 4º arrondissement, em plena luz do dia.  Estão literalmente acampados, incontá- veis, sob o elevado do metrô - Linha 5, estação Stalingrad, entre o 10º e 19º arrondisse- ments.  

Muitos desses novos (e, dentre eles, pessoas jovens, também) clochards preferem a vida solitária e armam suas barracas ao longo do Sena, sem preocupação com que a área escolhida seja em lugar movimentado ou não.  Este é o resultado da abertura dada a refugiados de todo o Mundo, quando a França já não tinha emprego nem para o seu nacional.

(169 Rue de Rivoli, no 1º arr., em frente ao portão do 
Templo Protestante de L'Oratoire du Louvre - atravessando a pista, o Louvre.)

(Ao lado da Tour Saint. Jacques, 38 Rue de Rivoli - Square Saint Jacques, no 4º arr.)

(ao lado do Rio Sena, próximo à Ponte Neuf)

(Sob uma das Arcadas do Viaduct des Arts, no 12º arr.)
(Sob um vão, ao longo do Rio Sena.)

         São muitos os registros de situações tais como as mostradas a cima, mas, mais adiante, retornarei ao assunto.






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