Paris está muito mudada. Até alguns anos atrás, não era raro ver-se pessoas desempregadas, sem domicílio, de triste aparência, dormindo nas estações do Métro, ou, durante o inverno rigoroso, sobre as saídas de ar quente, nas calçadas no entorno dessas estações, muitas das vezes, vencidos pela bebida. Agora, percebe-se que estes "esconderijos" passaram por um choque de ordem, o que não quer dizer que você esteja nos corredores dos subterrâneos e não encontre pedintes sentados.
Atualmente, o quadro é outro. Tem gente ao desabrigo, em qualquer lugar e eu os vi, em grande número, ali, nos bancos, bem na área da Église de St. Paul, pertinho da Place de Vosges - 4º arrondissement, em plena luz do dia. Estão literalmente acampados, incontá- veis, sob o elevado do metrô - Linha 5, estação Stalingrad, entre o 10º e 19º arrondisse- ments.
Muitos desses novos (e, dentre eles, pessoas jovens, também) clochards preferem a vida solitária e armam suas barracas ao longo do Sena, sem preocupação com que a área escolhida seja em lugar movimentado ou não. Este é o resultado da abertura dada a refugiados de todo o Mundo, quando a França já não tinha emprego nem para o seu nacional.
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